Imagine este cenário hipotético: o cliente de uma renomada agência de marketing digital teve uma resposta muito positiva com sua página no Facebook. Em poucas semanas, a página, que anteriormente não possuía qualquer interação, viu seu engajamento e sua base de fãs aumentarem significativamente, alcançando milhares de pessoas organicamente e também de forma paga, com o impulsionamento das publicações.
Mas não foi apenas isso: a demanda de interessados por seus serviços também aumentou, fato este que era, na verdade, o principal motivo pelo qual a empresa havia apostado nas mídias sociais. Em apenas uma semana, mais de 50 potenciais clientes entraram em contato para obter mais informações sobre os serviços que ela prestava.
Evidentemente que nem todos os contatos foram convertidos em clientes. Mas, satisfeito e notando a resposta positiva, o cliente decidiu continuar com o trabalho. Infelizmente, no mês seguinte, cancelou o acordo, temendo não conseguir mais arcar com os custos mensais do job.
O exemplo acima é bastante comum em empresas menores, que contam combudgets restritos e que dependem de conversões efetivas. Mas por que, justo agora que as coisas estavam indo bem, a empresa decidiu rescindir o contrato com a agência?
Costumo comentar com os meus amigos que a crise, além de política e econômica, é moral, e afeta o humor do mercado – empresas e também consumidores, que ficam com medo de investir, porque não sabem como o país irá reagir nos próximos meses. Nesse cenário, não entendendo a importância de investir em determinadas áreas mesmo na crise, empresários decidem simplesmente demitir, cancelar contratos com fornecedores etc. – e a comunicação, desafortunadamente, costuma ser uma das primeiras vítimas.
Acredito que é possível, sim, ganhar dinheiro e ter sucesso (mesmo que esses ganhos não sejam ideais) investindo em marketing digital (e principalmente em Social Media) em cenários de recessão. Alguns (bons) argumentos:
1) O consumidor pode até diminuir o acesso, mas definitivamente não vai deixar de acessar seus perfis nas mídias sociais. Encontre seu espaço, sendo honesto e objetivo no que tem a oferecer, e impacte seus consumidores com bom conteúdo e atendimento;
2) Por trás das ferramentas de marketing digital, há profissionais especializados na gestão dos canais. É muito comum as empresas decidirem realocar um funcionário, que nada entende de mídias sociais, para que ele cuide dos perfis da empresa. O problema é que, certamente, o resultado ficará bem aquém do esperado e, provavelmente, o “gasto” (como alguns empresários preferem entender) será maior;
3) Com a devida consultoria de uma agência de marketing digital, é possível planejar suas ações a médio e longo prazo, inclusive nos investimentos que sua empresa fará ao longo dos meses. É possível, por exemplo, determinar o investimento que fará no Google Adwords ou Facebook Ads com base na quantidade de conversões de suas campanhas. Se você decidir internalizar esse trabalho sem entender as especificidades dessas ferramentas, é muito provável que jogue dinheiro no lixo.
Além desses motivos, acredito que é na crise que surgem as melhores oportunidades. Sem uma agência de confiança do seu lado, isso se tornará mais difícil e exigirá mais tempo, dinheiro e esforço. E aí, quando sua empresa quiser retomar o trabalho, poderá ser tarde demais. Deixe de lado o amadorismo e o receio de investir, e aposte no marketing digital sério e de resultados. Tenho certeza que você não irá se arrepender.
* Paco Llistó é jornalista, mestre em comunicação e sócio-diretor da Midiatix.